Quando cheguei a Lusaka deparei com estas estruturas que se espalhavam pela cidade .
Calculando que o Damien Hirst ou outro artista dado à criação de instalações artísticas não tivesse percorrido a capital Zambiana, a plantar obras, fiquei intrigado com aquela armação coroada de luvas.
Após questionar alguns locais fiquei a perceber que o propósito destas criações pouco tinham de artístico. Pelo contrário, revelam-se bem mais prosaicas.
As ruas de Lusaka são ladeadas de valas por onde flui muito dejecto que vai desaguar nos esgotos. Como é sabido, a natureza de um esgoto é entupir-se de quando em quando.
E quando isso acontece lá aparecem os trabalhadores, de mãos-a-abanar. Retiram as Luvas lá de cima, executam o seu trabalho e devolvem-nas à estrutura metálica para que os próximos não tenham de arcar com elas.
Resolvido o mistério, continuo a apreciar a sua forma, embora não me aproxime muito da coisa.
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